Nasceu...

Desabrochou uma rosa nos meus quatro cantos..

De um veludo vermelho e ja com gotas de lagrimas nela transpostos surgiu a maldita rosa..


Olhei e nela vi o sangue brotado nas feridas que em mim fiz por ti, traduzido na sua cor e as lagrimas que ate hoje nunca secaram. Instantaneamente fechou e... A época da nostalgia, a época do desespero voltara...

O cuco do relogio marcava a hora e entretanto nada havia mudado.

Ali...Eu continuava sentada de pulsos a sangrar e com a palidez do meu rosto a sobressair naquele morbido cenário...


Secretamente pedia que esta agonia acabasse, suplicava para que aquele pesadelo terminasse, mas a corrente, aquele tu transformado em tornado prendia-me incessantemente ao lugar movel e nao me deixava libertar as asas que um dia sonhara estender e voar...

Simplesmente voar....





Onde estas?
Estas ai?
Estas ao virar de uma esquina ou simplesmente ao abrir de uma porta?
Nao te vejo...Nao te sinto...Nao te ouço...
Diz-me!
Estou a perder os sentidos por estar a sentir tudo isso, por estar a sentir um vazio no lugar que tu preenches?
Diz-me!
Estarei a ficar maluca?
Diz-me!
Diz-me se estarei a alucinar pela tua ulimamente constante ausência...